domingo, 12 de agosto de 2012

Querido Pai



Papai!!!!

o tempo passa
as coisas mudam
seguimos nossos caminhos
mas os ensinamentos marcam.

Apesar da distancia
sempre ouço sua voz 
orientando o caminho 
certo a seguir.

você foi, e é
um grande herói
não um herói de capa 
com super poderes
e um corpo forte
mas um herói 
com muitas limitações
mas uma alma nobre!!

Obrigado 
por ter feito de mim
o homem que sou hoje!!

feliz dia dos pais!!

Apesar da distancia

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

E.F.M.M. - FERROVIA DO DIABO - 100 ANOS DE HISTÓRIA

Passando, com minha familia, pelo museu da E.F.M.M, em comemoração a seu primeiro centenário, me deparei com este quadro que nos faz refletir a importancia dessa ferrovia, não apenas para nosso estado, mas para o Brasil. Ferrovia que, em nome do progresso tirou a vida de tantos trabalhadores, conhecida internacionalmente como a Ferrovia do Diabo, destruiu tantas familias, tribos indigênas, kilombolas mas que conseguiu fazer, juntamente com a BR 364, surgir com força um novo estado, Rondônia.
Ferrovia que serviu ao capitalista para escoar nossas grandes riquezas, como toneladas e mais toneladas de ouro, em troca superlotamos o estado de pessoas carentes em busca de uma vida melhor.
Ferrovia esta que depois de satisfeita, ou melhor, depois de esgotada as possibilidadades de escoamento do ouro e enriquecimento dos empresários, perdeu seu objetivo e foi esquecida, ficando apenas sofrimento e marcas na história de quem a ajudou construir e pequenos pedaços para recordação das gerações futuras. Recortes de um passado que ao olhar, no orgulhamos, mas ao observar a arte acima nos perguntamos?? orgulho de que??? orgulho de um povo que com muita garra construiu este estado, orgulho de pessoas que apostaram suas vidas em busca de um futuro para seus familiares, mas não há como nos orgulharmos de dizer que já tivemos uma ferrovia enquanto servia aos interesses dos grandes saquiadores dessa nação!!!

sexta-feira, 27 de julho de 2012


Esses índios aí
Antonio Prata

Garantir a sobrevivência e a terra deles é aumentar a riqueza da experiência humana; a deles e a nossa
PRA QUE serve o índio? Índio não colabora com o PIB, não contribui com a ciência, não dourará nosso quadro de medalhas nas Olimpíadas e ainda é dono de Bélgicas e Bélgicas de terra improdutiva! Esses folgados deviam era tomar vergonha na cara, botar uma roupa, arrumar um emprego, mudar pra um apartamento de 25 metros quadrados e passar duas horas no trânsito, todo dia, como qualquer ser humano normal, é ou não é?!
Tirando a ironia do apartamento e do trânsito, o discurso acima não é muito diferente do que eu ouvi tantas vezes, na época em que cursava ciências sociais e explicava a algum curioso do que tratava a antropologia.
Lembrei-me dessas pérolas na semana passada, ao ler aqui na Folha a notícia de que uma portaria da Advocacia-Geral da União prevê a possibilidade de o setor público construir em áreas indígenas sem consultar seus habitantes. A ideia, pelo que eu entendi, é que as reservas não sejam reservadas. Genial.
Uma vez perguntaram a um antropólogo "por que os índios precisam de reserva?". Resposta: "porque eles existem". Simples assim. Por existirem, viverem da caça, da pesca, da colheita, de pequenas produções de subsistência -e, diga-se de passagem, por estarem aqui há pelo menos 5.000 anos-, devem ter as partes que lhes cabem entre nossos latifúndios.
Que baita desperdício! -dirá a turma do primeiro parágrafo. Debaixo das terras onde esses pelados estão a comer pitangas há minérios valiosíssimos! Minérios essenciais para a fabricação de celulares, por exemplo. Enquanto eles estão lá, rezando pro grande Deus da mandioca, poderíamos estar diminuindo em 0,001 centavo o preço dos smartphones, permitindo a mais gente tirar fotos de seus cachorros para pôr no Facebook, possibilitando que mais gente desse "like" nas fotos dos cachorros de mais gente, contribuindo, assim, para a grande marcha da civilização -mas esses índios...
Não, não direi que o índio é bom e a gente é ruim, caro leitor, nem acho que um caiapó viva necessariamente melhor do que o morador da Caiowá. Sou feliz com os antibióticos, as séries da HBO, as cervejas artesanais e outras conquistas da civilização. E é justamente a herança iluminista desta civilização à qual pertenço que me obriga a concordar que, se não há uma finalidade última para a existência, tanto faz gastarmos o tempo que nos foi dado vestidos e postando fotos de cachorros no FB ou pelados e cantando para a mandioca. Mais ainda: é essa mesma tradição, cujas grandes criações tanto admiro -de Hamlet ao microchip-, que me faz lamentar o tesouro que desperdiçamos ao menosprezar os quase 240 povos indígenas brasileiros, com suas mais de 800 mil pessoas falando cerca de 180 línguas. Quantas Ilíadas e Gênesis, Medeias e Gilgameshs, quantos belos poemas, cosmogonias e epopeias deixam de fazer parte do rio de nossa cultura por preconceito e ignorância?
Garantir a terra e a sobrevivência desses índios é aumentar a riqueza da experiência humana. A deles e a nossa. E, mesmo que não fosse, mesmo que "esses índios aí" não pudessem trazer nada de bom para nós, ainda mereceriam as reservas. Porque eles existem. Simples assim.

(Publicado em Folha de São Paulo, 25 de julho de 2012)

quinta-feira, 22 de março de 2012

LIDERANÇA



Há um assunto que vem sendo amplamente discutido na atualidade, abordado em muitos livros e com certeza de uma importância muito grande para que possamos ter um futuro melhor, assunto esse chamado de liderança.

Refletindo um pouco mais essa temática, nos vêm à mente alguns questionamentos: O que é ser líder? Qual o verdadeiro rosto de um líder?

Para respondermos essas perguntas a melhor maneira é recorrermos à História e buscarmos exemplos reais de lideranças que, em sua época, tiveram grande influencia e ainda hoje são lembradas e seguidas ou repudiadas. Dessa maneira, podemos perceber claramente que existem dois tipos de lideranças; os que se fazem lideres (falsos líderes) e os verdadeiros líderes.

Vamos ver primeiro os falsos líderes. Os falsos líderes são reconhecidos e seguidos em sua época, depois repudiados. Dentre tantos vou citar um que foi aclamado como grande líder, mas a história o julgou uma das piores pessoas que já existiu, seu nome? Adolf Hitler, a trajetória dessa figura histórica todos já conhecem. E é exatamente esse o perfil dos falsos líderes: se proclamam grandes defensores do povo, mas na verdade estão apenas defendendo seus interesses, mas fazem de tudo e usam tudo o que o dinheiro pode comprar para se fazerem de cordeiro, de vítimas, quando na verdade são grandes lobos com a astúcia de raposa e conseguem facilmente manipular as pessoas e ,com a ajuda dos meios de comunicação, a população.

O segundo tipo de líder é o que precisamos para que tenhamos uma sociedade mais justa, tendo como base o que defende a nossa Constituição em seu preâmbulo e seu artigo 5º “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”. Esse líder normalmente não aparece na mídia por um motivo muito óbvio, os meios de comunicação de nosso país estão nas mãos de uns poucos, pertencentes a elite, logo, pessoas sem nenhum interesse em que haja mais igualdade social. Para a elite defender essa bandeira seria como se desse um tiro no próprio pé. Vejamos: moramos em um dos paises mais ricos do mundo, e ao mesmo tempo uns pais de pobres, isso porque a riqueza está concentrada nas mãos de poucos e para a grande maioria só sobram migalhas dessa riqueza. Nesse contexto surgem as verdadeiras lideranças, sempre apoiados nos princípios de amor ao próximo e de uma vida digna, princípios esses defendidos pelo maior líder que já existiu, JESUS CRISTO.

Dessa maneira essas pessoas, saídas do meio do povo, ao contrário dos falsos líderes que colocam o povo na frente para defender seus interesses, se colocam na frente de batalha para defender o povo na maioria das vezes chegando ao ápice do amor incondicional, que é a doação da própria vida, podemos citar aqui grande nomes, pessoas que fizeram a diferença e são grande exemplos para aqueles que realmente querem uma sociedade justa: Jesus Cristo,  Mahatma Gandhi, Martim Luter Quing, Madre Tereza, Chico Mendes, Padre Ezequiel, dom Oscar Homero e milhares de outros que realmente lutaram por uma vida melhor e outros que continuam lutando ainda hoje.

Na atualidade, todos os dias aparecem pessoas tentando nos manipular, principalmente quando se trata do campo da política. Então cabe a nós analisarmos muito bem as propostas que nos são feitas e ver se realmente visam o bem comum ou apenas o interesse de poucos. Portanto, devemos estar constantemente nos indagando: quem são os verdadeiros líderes de hoje? Que tipo de líder queremos? Ou melhor ainda, que tipo de liderança estamos sendo, seja como político, Presidente de Associação, de Grupos de Base, representante de Igrejas ou até mesmo em nossas famílias?  Como já disse Albert Schweitzer “Dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros. É a única.”.

AUTOR: Claudinei Carvalho Recco 26 anos
Coordenação Paroquial da Pastoral da Juventude de Machadinho D'Oeste - (2007-2009)